#29: Já enviou sua melhor capa? Inscrições até 19/09

[A]s primeiras capas concorrentes do Concurso Melhor Capa do Ano 2012 já estão chegando à sede da ANER, em São Paulo. Para quem ainda não enviou, vale lembrar que o prazo está se esgotando e termina no dia 19 de setembro, daqui a menos de um semana.

Neste ano, duas novidades prometem deixar a disputa ainda melhor: a nova regra que restringe a inscrição de apenas uma capa por título e a criação de um júri especial para também eleger um vencedor – assim, teremos vencedores nas categorias “escolha do público” e “escolha do júri”.

Vale dizer que as datas de publicação das capas concorrentes devem estar compreendidas entre 1 de julho de 2011 e 30 de agosto de 2012. O resultado desta quarta edição do concurso será anunciado no VI Fórum ANER de Revistas, que acontece no dia 24 de outubro, no Hotel Renaissance, em São Paulo-SP.

Mais detalhes no site oficial www.concursocapas.org.br

Vogue EUA bate recorde de anúncios em setembro

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[A]s revistas Vogue de setembro costumam ser as mais aguardadas do ano por seu tamanho e conteúdo, mas a edição de aniversário deste ano ultrapassou todos os limites e entrou para a história: foram 916 páginas, sendo 658 apenas de anúncios, um aumento de 14% na quantidade de publicidade em relação a 2011.

O recorde anterior era da própria Vogue com a edição de setembro de 2007, que registrou 840 páginas no total e foi tema do documentário The September Issue (2009), ainda inédito no Brasil.

Já a versão brasileira da Vogue, publicada pela Edições Globo/Condé Nast, também apresentou bons números neste mês. A edição de setembro tem 482 páginas, sendo 227 de anúncios, e ainda vem com a Vogue Kids, com mais 130 páginas sobre moda infantil.

VI Fórum terá editor-executivo do Huffington Post

[A] sexta edição do Fórum ANER de Revistas, que acontece no dia 24 de outubro em São Paulo-SP, terá entre seus destaques alguns nomes internacionais. Entre eles, o editor-executivo do site The Huffington Post, Timothy L. O’Brien, que recentemente assumiu a coordenação da nova revista digital semanal Huffington. (o ponto final faz parte do nome), tema que abordará no evento.

Foto: Vincent Laforet/2005

Tim O’Brien já trabalhou como editor e repórter no jornal The New York Times, tendo sido responsável pela supervisão, em 2009, do time de jornalistas que produziu uma série de artigos sobre a crise financeira premiada com o Pullitzer na categoria Serviço Público de Jornalismo. No HuffPost, faturou outro Pullitzer, desta vez sobre com uma série de 10 reportagens sobre veteranos de guerra feridos em batalha, “Beyond the Battlefield” (Além do Campo de Batalha), em conjunto com seu correspondente militar sênior, David Wood.

Bacharel em literatura pela Georgetown University, Tim possui MBA e mestrado em Jornalismo e em História Americana pela Columbia University. Atualmente, concilia suas tarefas no HuffPost com uma série de livros sobre a morte de Abraham Lincoln. Mais detalhes sobre a carreira do jornalista e escritor em seu site oficial: www.timothyobrien.com.

Novos associados: Editora Círios (PA) e Balponte (AM)

[N]este mês, a ANER tem o prazer de anunciar a adesão de duas novas editoras a seu quadro de associados: a Círios e a Balponte, originárias do Pará e do Amazonas, respectivamente. Com a entrada delas, a entidade alcança uma marca inédita: tem associados em cada região do país.

A Editora Círios, do Pará, tem como foco o Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações católicas do mundo. A revista oficial do evento tem tiragem anual de 150 mil exemplares e preço de capa de R$ 28. Além disso, a Círios publica as revistas Amazônia (bimestral, 150 mil, R$ 28) e Pará+ (mensal, 40 mil, R$ 14).

Já a editora Balponte, do Amazonas, tem dois títulos: Revista PIM e o Anuário do Polo Industrial de Manaus. O primeiro foca na economia da Zona Franca, tem tiragem de 6.200 exemplares mensais e preço de capa de R$ 10,90. Já o segundo tem 7.200 exemplares anuais vendidos a R$ 35 cada.

Única semanal de economia, IstoÉ Dinheiro faz 15 anos

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[A] revista IstoÉ Dinheiro, da Editora Três, completa 15 anos de existência neste mês de setembro. Para comemorar, o título receberá investimento em sua plataforma digital, o que compreenderá a reformulação total do site, a ser concluída até o final deste ano. Além disso, a editora está preparando eventos para o mercado econômico, como encontros e seminários.

Questionado pelo jornal Meio&Mensagem sobre o diferencial da revista, o diretor editorial da Três, Carlos José Marques, afirmou que a periodicidade semanal é um dos fatores que a coloca na frente das concorrentes. “O fato de ter uma revista toda semana possibilita abordar tudo o que está acontecendo. Ao mesmo tempo, esse prazo nos dá um fôlego maior do que um jornal diário possui”.

Fonte: Meio&Mensagem

Editorial: 64% de atenção exclusiva do leitor versus 7% de share

Roberto Muylaert

[T]ive a satisfação de ser convidado para apresentação no Trends of Print, evento organizado pela Afeigraf no dia 20 de setembro. Ao pesquisar sobre as tendências atuais sobre o mercado de revistas, reuni dados bastante convincentes sobre as qualidades únicas dos nossos veículos e o crescimento que apresentam em vários aspectos.

Alguns destaques dos dados levantados: 1. atenção exclusiva de 64% dos leitores de revistas contra 17% da TV e 41% da Internet. Isso significa que os anúncios publicados em uma revista têm uma vantagem em relação aos meios concorrentes pelo fato de que o leitor usa mais tempo para entender em detalhes a mensagem proposta.

2. A enorme variedade de títulos (5779) mostra que a segmentação de acordo com o interesse de cada grupo de leitores é superior a qualquer outro tipo de mídia, característica que se reflete no maior interesse dos leitores por segmento.

3. A penetração do meio Revista no cresceu em todas as classes sociais no primeiro semestre de 2011 para 2012: classe AB, de 52% para 63% e C, de 31% para 38%. Um dado que contrasta com todos esses fatores positivos é o share de publicidade das revistas no Brasil, que fechou 2011 em 7%. Muito pouco para veículos com as qualidades referidas. No entanto, o share da TV aberta no Brasil é de 65% de toda a verba investida em publicidade.

Uma pesquisa americana feita pela Simulmedia aponta que o espectador dos Estados Unidos deixa de assistir boa parte dos anúncios exibidos pela TV: 75% dos anúncios veiculados na TV americana são vistos por apenas 20% da audiência. Que resultado daria uma pesquisa semelhante feita no Brasil?

Um abraço,
Roberto Muylaert

*Fonte dos dados: Ipsos/Marplan

Eventos

VI Fórum ANER de Revistas
Data: 24 de outubro de 2012 (quarta-feira)
Local: Hotel Renaissance – São Paulo-SP
Custo: ATÉ 29/09: R$ 780 (associados ANER, ABEMD, ANATEC, ANJ, APP, CENP) e R$ 1.200 (não-associados); APÓS 29/09: R$ 950 (associados) e R$ 1.200 (não-associados). Consulte descontos para grupos.
Informações: dados@aner.org.br

3ª FIPP Asia-Pacific Digital Magazine Media Conference
Data: 19 a 21 de setembro (quarta a sexta-feira)
Local: Grand Hilton Hotel – Seul/Coréia do Sul
Informações: Site da FIPP

68a Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa
Data: 12 a 16 de outubro de 2012 (de sexta a terça-feira)
Local: Hotel Renaissance (São Paulo-SP)
Informações: www.sipsaopaulo.com.br

IV Congresso Iberoamericano da FIPP
Data: 29 a 31 de outubro de 2012 (segunda, terça e quarta-feira)
Local: Ramada Herradura Hotel (San José-Costa Rica)
Informações: www.fippcostarica.com

Notas

Siscomex ganha versão web

[E]m agosto, a Receita Federal passou a disponibilizar uma versão web do Siscomex Importação, software de acesso ao Sistema Integrado do Comércio Exterior. A modernização tecnológica visa trazer maior transparência, agilidade e segurança nos processos aduaneiros, além de redução de custos operacionais e de tempo gasto para envio das informações. Mais detalhes no site da Receita Federal.

Condé Nast EUA lança jogo para iPad e iPhone

[N]a intenção de diversificar seus produtos, a editora Condé Nast UK lançou um jogo para a plataforma iOS da Apple (iPhone, iPad e iPod Touch). Intitulado Fashion Hazard, tem como objetivo a ascensão no mundo da moda e está disponível apenas em inglês na iTunes Store. O preço para download é de US$ 0,99. Clique aqui para baixar o jogo.

Gwercman troca Super por Alfa; Corazza deixa Globo

[N]este mês, importantes mudanças de cargo foram anunciadas nas principais editoras do país. Na Editora Abril, Sérgio Gwercman deixou o posto de diretor de redação da Superinteressante, que ocupava desde 2007, para se dedicar a mesma função na Alfa, vaga desde a saída de Kiko Nogueira em julho. Em dezembro, Denis Russo assumirá seu lugar na Super e na Vida Simples. Até lá, Alexandre Versignassi ficará responsável pelo fechamento da revista.

Já na Editora Globo, Gilberto Corazza deixa o cargo de diretor para o mercado anunciante para assumir a vaga de diretor de vendas publicitárias para o Brasil da Turner International, empresa responsável pelos canais Cartoon Network, Boomerang, TNT, TCM, Space, Warner Channel, Glitz*, Woohoo e CNN International. Para o seu lugar, o diretor-geral Frederic Kachar anunciou Alexandre Barsotti, então diretor de núcleo de publicidade centralizada, vaga que será ocupada por Marcelo Barbieri, atual diretor de publicidade regional.

Novos títulos: Meu Pet (Ed. Escala)

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[C]onhecida pelo portfólio diversificado de revistas, a Editora Escala decidiu agora apostar no lançamento de um título voltado para quem se dedica a cuidar de animais de estimação. Trata-se da revista Meu Pet, publicação de periodicidade mensal e preço de capa de R$ 7,90, cujo primeiro número chegou às bancas no mês de agosto.

Para a chefe de redação Renata Armas, a intenção é reunir reportagens sobre comportamento de cães e gatos, cuidados com higiene e saúde, nutrição, educação, além de histórias emocionantes sobre adoção e ONGs que fazem a diferença na vida de milhares de animais. “Queremos ajudar o leitor a entender melhor o seu pet para estreitar ainda mais o relacionamento entre eles”, afirma.

Artigo: Eugênio Bucci fala sobre diploma ao Estadão

[A]lém de jornalista, sou professor universitário. Dou aula em faculdades de Jornalismo, por vocação e também por prazer, por gosto. Há ainda uma justificativa política para essa minha escolha: acredito ser possível melhorar a imprensa no Brasil e para isso o estudo, a pesquisa e o ensino podem desempenhar papel relevante. Embora a profissão de jornalista ainda deva muito aos autodidatas, alguns brilhantes, não é mais concebível formar editores e repórteres sem que eles passem pela escola.A formação acadêmica impõe-se, a cada dia mais, como um ingrediente indispensável da imprensa de qualidade. No mais, tudo o que possa prestigiar e aprimorar os cursos de Jornalismo no Brasil conta com o meu apoio.

Exatamente por isso, por defender uma escola de excelência, não concordo com a ideia de fazer do diploma um documento obrigatório para que um cidadão possa editar o seu jornal, em papel ou na internet. Eu apenas acredito que esse cidadão terá horizontes mais promissores se tiver passado por boas faculdades.

Não devo estar de todo errado. Nos EUA, país onde não há exigência de diploma para que alguém trabalhe numa redação de jornal, os estudantes de Columbia saem praticamente empregados do curso de Jornalismo – que, por sinal, não é um curso de graduação, mas de pós-graduação. Lá existem boas escolas de Jornalismo – que são boas justamente porque não são obrigatórias: os estudantes que as procuram estão mais interessados no conteúdo que aprenderão do que no certificado, no canudo que receberão ao final do ciclo.

Henry Luce e Briton Hadden são ícones da imprensa americana. Cursaram Direito, não Jornalismo. Foram colegas de classe em Yale. Tinham por volta de 25 anos de idade quando fundaram a revista Time, em 1923. Naquele tempo, vamos lembrar, já existiam cursos de Jornalismo nos EUA (o de Columbia já tinha pouco mais de dez anos de vida), mas eles preferiram estudar Direito mesmo.

Obrigar jornalistas a ter diploma de graduação em Jornalismo não tem sentido. Não conheço um único país democrático que imponha essa obrigação. Mesmo a França, que tem legislações severas, não é tão dura. Nessa matéria somos um caso único no mundo. Aqui, em 1969, a Junta Militar que mandava no País impôs a obrigatoriedade do diploma. O Decreto-Lei 972, de 17 de outubro de 1969, assinado pelo general Aurélio de Lira Tavares (ministro do Exército), pelo almirante Augusto Rademaker (ministro da Marinha) e pelo brigadeiro Márcio de Sousa e Melo (ministro da Aeronáutica), além de Jarbas Passarinho, que respondia pela pasta do Trabalho e Previdência Social, tornou obrigatório o diploma para os profissionais de imprensa. Sejamos claros: não foi por amor à liberdade de expressão que os ditadores – adeptos da censura e da tortura – baixaram o Decreto-lei 972. Eles queriam apenas impor mais obstáculos ao exercício profissional, assim como pretendiam criar controles governamentais – via Ministério do Trabalho – sobre a atividade jornalística.

Até 2009 a imposição da Junta vagava por aí, como um zumbi jurídico, quando foi finalmente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por ampla maioria (8 votos contra 1). O decretão se foi, mas a mentalidade sindical-corporativista a que ele deu origem permaneceu e está prestes a reabilitar a velha obrigatoriedade. Em sua maioria, nossos sindicalistas são bem-intencionados e sérios, dedicados à defesa da nossa categoria profissional, mas não se deram conta de que, ao defender uma velha ordem, antinatural, podem defender, mesmo que inadvertidamente, o prolongamento de deformações retrógradas. A imposição do diploma não apenas não ajuda a imprensa, como cerceia os direitos dos que, sem serem jornalistas formados, como Henry Luce e Briton Hadden não eram, têm a intenção de criar e editar uma publicação.

No início deste mês, essa mentalidade cravou uma vitória estarrecedora no Senado Federal: por 60 votos contra 4 – apenas 4 -, os senadores aprovaram a “PEC do diploma”, uma emenda constitucional que insere, no artigo 220 da nossa Carta Magna, a exigência do curso superior de Jornalismo para o exercício da profissão. É incrível: a atrocidade que a Junta Militar perpetrou pela ferramenta bruta do decreto nossa atual democracia está perto de reeditar por meio de norma constitucional. Agora, se a Câmara dos Deputados aprovar o texto, será assim e ponto. Como é matéria constitucional, não cabe o veto da Presidência da República.

Em 2006 tivemos mais sorte. Naquele ano nossos parlamentares aprovaram algo bem parecido, o Projeto de Lei 79/2004, que definia mais de 20 funções privativas de jornalistas diplomados, entre elas a assessoria de imprensa, o magistério em faculdades de Jornalismo e o fotojornalismo. Sabiamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o projeto. Agora a chamada “PEC do diploma” vem para se vingar do bom senso de Lula em 2006 – e da decisão do STF em 2009.

Vale perguntar: o governo de Dilma Rousseff apoia a “PEC do diploma”? A julgar pela passividade dos senadores governistas, parece que sim.

A justificativa da PEC, além de voltar a insistir na tese maluca de que a assessoria de imprensa é função jornalística, argumenta que as tarefas do jornalista são tão complexas (“incluem responsabilidade social, escolhas morais profissionais e domínio da linguagem especializada”) que só um sujeito diplomado daria conta de realizá-las. Na condição de professor de Jornalismo, eu discordo. Uma pessoa sem diploma pode ser jornalista, assim como pode ser presidente da República. O problema da República e da imprensa não é esse. Vamos tratar do que é essencial. Vamos deixar a imprensa livre cuidar de melhorar a escola, o que é urgente. Será melhor para o Brasil e, principalmente, para os jornalistas.

* JORNALISTA, É PROFESSOR DA ECA-USP DA ESPM

Leia o artigo completo diretamente no site do Estadão.

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